09/02/2010

ressucitando




em estado de quase morte
tremi em transe
sob seu halito afoito
desfigurando em muitas
debaixo da sua boca voluptuosa
descobrindo desejos em faiscas
quase morro
ressuscito
com tua libido queimando
ardendo
dentro de mim
a tua quase morte intensa
coloca minha pele em transe

transito entre sua boca
sua lingua

invoco meu espirito ilicito
em um ritual pagao
sua saliva quente
meu viscoso prazer

provo da pequena quase morte
em seus bracos profundos
discurso, louca, o derradeiro
no meu corpo frio
tremulo
complemente em purgatorio
maldigo seu nome
pela quase morte
em pequenos pedaços estilhaçados
do meu, do seu desejo
sua pele, seu sexo
meu leito, meu jazido
aqui jaz uma femea.





(Adeline Roux)

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