21/09/2010

Sonetto XII

[D.] - Marte, malatestíssimo poltrone,
cosi sotto una donna non si reca,
e no si forte Venere a la ceca,
con assai furia e poca discrezione.

[U.] - Io non son Marte, io son Ercol Rangone,
e fotto voi che sete Angela Greca,
e s'io avessi qui la mia ribeca
vi suonerei fotendo una canzone;

e voi signora, mia dolce consorte,
su la potta ballar fareste il cazzo,
menando il culo e in su spingendo forte.

[D.] - Signor sì, che con voi fottendo sguazzo,
ma temo Amor che non mi dia la morte
con le vostre armi, essendo putto e pazzo.

[U.] - Cupido è mio ragazzo
e vostro figlio, e guarda l'arme mia
per sacrarle a la dea Poltronaria.

Gustavo di Salvatore apud LAWNER, Lynne in As Cortesãs do Renascimento, Martins Fontes, São Paulo, 1994. p. 72

oss.: U = uomo
D = donna

05/03/2010

Soul Kiss 1985

Com uma sensualidade velada e descrita nas cores e nos detalhes clichês, este clip de Olivia foi um dos meus primeiros contatos com a sensualidade na adolescencia!

16/02/2010

Rotina

O barulho da chave avisa as paredes que você chegou, sim as paredes,pois para mim não faz tanta diferença!
Beijo na testa ou na boca (sem gosto), como foi seu dia?
Ahhhh meu dia! meu dia não foi a noite que eu queria, não foi a folia que procuro encontrar quando saio por ai a luz do sol.
Quero a lua no alto e eu num salto.
Na cozinha ouço o barulho dos talheres na gaveta e isso me lembra que mais tarde talvez você me coma cheio de cerimônias como se fosse de garfo e faca!

Bon apetit!

15/02/2010

A arte de fazer amor

Um curta prosaico porém interessante, estaríamos fazendo este tipo de arte ou estaríamos fazendo amor?

09/02/2010

ressucitando




em estado de quase morte
tremi em transe
sob seu halito afoito
desfigurando em muitas
debaixo da sua boca voluptuosa
descobrindo desejos em faiscas
quase morro
ressuscito
com tua libido queimando
ardendo
dentro de mim
a tua quase morte intensa
coloca minha pele em transe

transito entre sua boca
sua lingua

invoco meu espirito ilicito
em um ritual pagao
sua saliva quente
meu viscoso prazer

provo da pequena quase morte
em seus bracos profundos
discurso, louca, o derradeiro
no meu corpo frio
tremulo
complemente em purgatorio
maldigo seu nome
pela quase morte
em pequenos pedaços estilhaçados
do meu, do seu desejo
sua pele, seu sexo
meu leito, meu jazido
aqui jaz uma femea.





(Adeline Roux)

08/02/2010

Pole Dancing com Kate Moss

Irresistível: a dança do momento com a modelo de todos os tempos!

05/02/2010

Masturbaçao.




Morrerei em pensamento,
Meus dedos se farão seus dedos,
E você será minha guia,
E assim morrerei em pensamento...





(poesia de Fúlvio Stadler citado por
Gustavo di Salvatore)

04/02/2010

Beijo.




Um celinho...
Um beijinho...
Uma boca louca,
Inquieta,
Impaciente...
Beijo molhado...
Amassado,
Escandalizado...

Sinta!

Roçar dos lábios,
Bocas cerradas,
Fechadas...
Lentamente,
Bem pouco,
Agora entreabertas,
Lábios ofegantes...
Beijos intermitentes...
Ofegantes...

...Respirando...

...Beijando...

...Beijo...

Quase nem beijo,
Apenas roçares ofegantes...
Tua boca fechada...
Mordo-te o lábio...
Rapidinho,
Corridinho,
Mordiscar...

O lábio superior,
O inferior...

Minha boca avança...

[Sinto-te entre meus dedos
Apertados,
Teus cabelos...

Afoito, te mordo...
O lábio;
Lábio inferior,
Com um sorvo,
Sorver, sorver-te intenso,
Molhado...

Respiro... te “babo”, te molho, te lambuso.

Boca molhada,
Toda aberta,
Duas línguas,
Um escândalo!

E um gozo...




(Gustavo di Salvatore citando o poeta Fúlvio Stadler)

03/02/2010




o poder.





Ela mandava nele. Aquela menina “insibida” mandava descaradamente nele

Ele acostumado com a força do poder nos seus olhos e das suas palavras. Ele a vida inteira no poder de decisão de todos a sua volta, sentia o sangue fervilhar e seu membro pulsar quando imperativamente ela dizia:

goza!

Ela já conhecendo o seu ritmo cadente da insanidade dentro dela, ainda alucinada com seu gozo recente muda o tom e diz entre um gemido manhoso e outro:

goza para mim….

Assim ele não aguenta….. Jorra dentro dela.

Enquanto ainda ofegante olha para os olhos dela , ela com aquela cara hierárquica ensaiada e trejeitos de gata despudorada dispara :

Adoro sentir você escorrendo de dentro de mim.

“Insibida”!

Mandona!




Adeline Roux

01/02/2010

A Crucificação Encarnada


sexus , nexus , plexus

pensava Henry Miller .

Mas , para mim , mais que tudo ,

quero sexus sem muito nexus

e com muito , muito plexus

ou vários e inusitados amplexos.

Plexo solar , central , umbilical

e todas as adjacências acima e abaixo

descobertas e hiperfuncionais

ao simples toque dos dedos,

curiosos , desejosos , ledos.

Quero sexus sem nexus algum,

pois não há nexus nesse desejo

que me move amedronta e alimenta

na estrada tomentosa

em que me desacorrento



Paulo F. Cunha

29/01/2010

Você vem e eu vou...
Eu venho e você vai...

Eu entro, você sai...
Você sai e eu entro...

Doce encanto este desencontro,
Este vai e vem,
Este vem e vai,
Um entra e sai,
Sai e entra...

Um frenesi,
Um doce querer...

Esse vem e vai frenético
Incessante,
Inquietante
Agora um gozo; “melecoso”...

Um ahh!

"isssssss"....

Foi bom para você como foi para mim?

Gustavo di Salvatore

Na carne: a la James Joyce




CARTAS A
NORA BARNACLE





“Minha doce Norazinha putazinha. Fiz o que me pediste, pequena sacana, e me esporrei duas vezes enquanto lia tua carta. Estou feliz de ver que gostas de ser fodida no cu. Sim, lembro-me agora daquela noite em que tanto tempo te fodi por trás. Foi a foda mais suja que jamais te dei, meu bem. Mantive a pica metida em ti horas a fio, entrando e saindo de teu traseiro virado par cima. Sentia tuas nádegas gordas e suadas debaixo de meu ventre e via teu rosto em fogacho e teus olhos aloucados. Cada vez que eu metia, tua língua despudorada se punha de fora de teus lábios e, se uma foda era maior e mais violenta que as outras, saíam peidos gordos e úmidos espocando por tuas ancas. Naquela noite, bem, tua bunda estava cheia de peidos, e com a foda eu os fiz sair, grandes e gordos, prolongados e cheios de vento, estalinhos rápidos e alegres e uma porção de peidinhos pequeninos e travessos que terminavam num jorro demorado por teu buraco. É maravilhoso foder uma mulher peidorreira quando cada metida faz sair um. Penso que eu conheceria um peido de Nora em qualquer lugar. Penso que poderia distinguir o dela numa sala cheia de mulheres peidando. É um barulhinho bem de menina, não como o peido molhado e cheio de vento que imagino ser o das esposas gordas. É inesperado e seco e indecente como o que uma menina atrevida soltaria de pândega num dormitório de colégios à noite. Espero que Nora nunca pare de soltar peidos na minha cara para que eu fique conhecendo também o cheiro deles (...)”

James Joyce (1909)

Tradução de Mary Pedrosa

28/01/2010

o começo.

Considero inaugurado a partir de hoje: a nossa carne